Em 2013, o Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) do Piauí recebeu, ao todo, 10.023 atendimentos registrados pelo órgão. O programa que orienta os consumidores em suas reclamações, informa sobre seus direitos e fiscaliza as relações de consumo recebeu, só nos últimos cinco anos, inúmeras reclamações contra empresas de telefonia.

Do total registrado no final do ano passado, 1.569 casos, ou 15,68% foram contra as operadoras de telefonia móvel e fixa em atuação no Piauí.

De acordo com Campelo Júnior, conciliador do Procon, as quatro operadoras dos setor sempre lideram o ranking de reclamações. Ele ainda acrescenta as principais queixas dos consumidores em relação às empresas de telefonia.

“Qualidade do serviço cobrança indevida, cumprimento da oferta que é feita, falhas no sistema de atendimento ao consumidor, propaganda enganosa, dificuldade de cancelar contrato no geral são algumas das reclamações”.

Mas além das empresas de telefonia, anda vigoram na lista divulgada no final de 2013 a Companhia de Águas e Esgotos do Piauí (Agespisa), bancos e operadoras de cartão de crédito.

O caso da estudante de jornalismo, Nathércia Vasconcelos (21), está entre as centenas de reclamações que chegam ao órgão. Ela não foi atrás dos seus direitos por conta de alguns serviços mal prestados pelas operadoras de celular e fixo, mas sim para procurar solução para dois contratempos diferentes.

A primeira vez foi em 2010, quando a estudante teve um problema com um banco assim que ingressou na Universidade. “Adquiri um cartão de crédito e no momento da aquisição eles me falaram uma série de benefícios que teria e acabei aceitando, os cartões e talões de cheque chegaram na minha casa e, sem mesmo desbloquear o tal cartão, nem movimentar a conta, chegou um comunicado para mim dizendo que tinha uma dívida de 400 reais com aquele banco e que precisava pagar em 15 dias se não meu nome iria para o SPC/SERASA”, comenta.

Com isso, Nathércia procurou o banco para saber o motivo deste valor, já que não havia feito nenhum desbloqueio. Lá, a informação que recebeu foi a de que o valor era referente a um cheque emitido em seu nome através da falsificação de sua assinatura. “Sabendo que os cartões e o talão estavam intactos na minha casa, procurei o Procon, pois eles queriam que eu pagasse este valor”, acrescenta.

Já em 2013, Nathércia teve outro contratempo. Ao comprar um celular, este em poucos dias apresentou diversos problemas. Ela afirma que procurou a assistência técnica por três vezes e mesmo quando consertavam o celular, o mesmo, depois de alguns dias, voltava a apresentar o mesmo problema.

A solução, então, foi buscar o Procon, pela segunda vez, a fim de resolver a situação. “Entrei em contato com a Samsung e esta dizia que a responsabilidade era da assistência e a assistência dizia que era da empresa. Procurei o Procon para conseguir meu dinheiro de volta, não queria mais o produto”.

Fonte: Meio Norte

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