Nos dias 13, 14 e 15 de junho aconteceu o XIII Congresso Nacional dos Trabalhadores em Telecomunicações (XIII CONTTEL) organizado Fittel, em Brasilia-DF com a presença de convidados, palestrantes e representantes dos sindicatos filiados à federação. O evento aconteceu no auditório do Hotel Laguna, no Núcleo Bandeirante (DF).

No primeiro dia, além da apresentação do artista popular Marquinho Candango, o representante do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), Clóvis Scherer, fez uma análise da conjuntura nacional e internacional para contextualizar os participantes de dados e informações relacionadas às áreas de estudos e pesquisas do órgão; à tarde, o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Distrito Federal (CUT-DF), Rodrigo Brito, falou sobre a organização sindical e as estratégias da central para o triênio 2012/2015. Para o presidente da Fittel, Brígido Ramos, o momento tem um grande significado para os trabalhadores em telecomunicações. “Realizar o XIII CONTTEL é mais uma vitória. Vamos discutir e deliberar sobre nossas próximas ações nesta luta por dignidade e justiça”, desabafou Ramos.

O tema “Trabalho Decente e Liberdade de Expressão na Convergência Tecnológica” serviu como um incentivo a mais para esquentar os assuntos dos painéis programados para o segundo dia do congresso. Logo cedo, o professor Sávio Cavalcante, autor do livro “Sindicalismo e privatização das telecomunicações no Brasil”, fez uma exposição sobre o tema terceirização e convergência tecnológica. Sem dúvida, um assunto bastante atual devido aos debates já ocorridos dentro e fora do movimento sindical. No caso da terceirização, a Fittel tem-se posicionado veementemente contra o Projeto de Lei que tramita no Congresso Nacional, por acreditar que a proposta promove ainda mais a precarização das relações de trabalho no país. Mas, ao mesmo tempo, a federação defende o trabalhador terceirizado. “A federação e os sindicatos precisam estar preparados para os novos desafios. As empresas já estão protegidas, mas os trabalhadores, não”, afirmou o diretor do Sinttel-PA Francisco Romero de Assis Braga.

No último dia do CONTTEL, o clima é de cordialidade e de confraternização entre os participantes, mas percebe-se, também, a preocupação de que ainda há muito a fazer nos estados para organizar e mobilizar a categoria na luta por melhores condições de trabalho. Na realidade, multiplicam-se os casos de injustiças cometidas contra trabalhadores e a ameaça aos direitos adquiridos é constante “falta capacitação e treinamento e muitos companheiros são submetidos a jornadas de trabalho sem direito a folga”, denunciou Braga. Para piorar a situação, não há investimentos e isso resulta em sucateamento na estrutura da telefonia. “Não existem investimentos na telefonia fixa. Em muitas cidades do interior, as centrais telefônicas estão abandonadas, um verdadeiro caos”, disse o presidente do Sinttel-MA Antônio Pires de Alencar.

As explicações sobre a função da Junta de Recursos da Previdência Social e a importância da Previdência Complementar sanaram as dúvidas dos dirigentes sindicais e todos pretendem disseminar as informações na base. O advogado Rubens Maranhão, orientou que a Junta de Recursos deve ser acionada pelo trabalhador toda vez que se sentir prejudicado por uma decisão da Previdência Social. O último compromisso desta quinta-feira foi uma verdadeira aula sobre Previdência Complementar e Previdência Pública. À mesa, a presidente da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar), Cláudia Ricaldoni, fez um relato histórico, respondeu perguntas, tirou dúvidas e orientou que os sindicatos buscassem incluir esse tema nas pautas de reivindicações dos Acordos Coletivos de Trabalho. “Todas as palestras supriram as lacunas devido aos esclarecimentos que os participantes do XIII CONTTEL tiveram”, destaca o secretário geral da Fittel João de Moura Neto. Nesta sexta-feira (15), os congressistas irão discutir o “TEXTO BASE TESES CUT TELECOMUNICAÇÕES” e debater e aprovar o plano de lutas da Fittel para os próximos anos.

 

Fonte: Fittel.org.br

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