Na avaliação do presidente da Tim, Rodrigo Abreu, o acesso à internet via celular passou a ser “necessidade básica” dos consumidores brasileiros. Sua maior concorrente, a Telefônica Brasil, estima que a modalidade cresça pelo menos 10% neste ano.
Analistas de telefonia preveem em média, um potencial de alta de 22% para as ações da Telefônica Brasil nos próximos 12 meses, e um upside de 74% para a Tim, segundo dados compilados pela Bloomberg.
As operadoras estão apostando que os brasileiros viciados em WhatsApp, Facebook e séries de TV como Big Brother Brasil, continuarão a impulsionar a demanda por serviços de TV paga, telefones móveis e uso de dados.
“Claramente, há alguns segmentos que realmente ainda estão crescendo”, disse presidente da Telefônica Brasil, Amos Genish, em uma entrevista à Bloomberg em Nova York na terça-feira. “As pessoas precisam de conectividade, mesmo desempregadas.”
Enquanto as vendas da Tim tiveram o pior desempenho do segmento na América Latina no último trimestre, com queda de 8,8% na comparação com um ano atrás, as margens e o Ebitda tiveram os melhores desempenhos da região, segundo dados coletados pela Bloomberg.
Já na Telefônica Brasil, o crescimento da receita foi mais de três vezes a média do pares latino- americanos, e as margens superaram seus pares globais.
Para estimular o crescimento, a Tim tenta atrair clientes da Telefônica Brasil, especialmente os pós-pagos, mais lucrativos e que tendem a ser mais fiéis. “O mercado vai se tornar mais competitivo”, disse Abreu em entrevista na terça- feira.
Independentemente da economia, os brasileiros adoram ficar on-line e em redes sociais. Neste ano, a penetração da internet deve chegar a 56% das pessoas do País, em comparação a 42% no planeta, segundo o site de estatísticas Statista.
E o acesso à internet via telefones celulares tem triplicado nos últimos três anos, segundo a consultoria carioca Avellar e Duarte.