Estudo da Akamai revela dados sobre o tráfego global na web durante o segundo trimestre.
Estudo da Akamai revela dados sobre o tráfego global na web durante o segundo trimestre. No país, velocidade de 3,6 Mbps é menor que média de 5,1 Mbps, no mundo. No ranking global de velocidade de conexão, o país ocupa a 90ª colocação
A velocidade média de acesso à internet no Brasil no segundo trimestre deste ano foi 3,6 Mbps. O número é um pouco melhor que o registrado no primeiro trimestre, quando a velocidade média medida foi de 3,4 Mbps. Em relação ao segundo trimestre de 2014, a melhora na média foi de 25%. Como outras nações melhoraram suas conexões em ritmo mais acelerado, o Brasil caiu uma posição no ranking mundial, ficando agora no 90° lugar. A lista tem 144 países.
Os dados foram colhidos pela Akamai, empresa que gere redes em todo o mundo, e divulgados hoje, 23, como parte do estudo trimestral State of the Internet. O estudo também analisa a velocidade média máxima atingida. Neste caso, o Brasil obteve conexões de até 27 Mbps, 12% superior ao primeiro trimestre, e 32% melhor que um ano atrás. O resultado fez o país subir no ranking dos “picos” de velocidade, para a 80ª posição – estávamos em 82° no primeiro trimestre.
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Ao contrário de material divulgado esta semana pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), ligado à ONU, o estudo não da Akamai não avalia aumento no número de pessoas conectadas. O relatório da UIT mostra que houve aumento da base de usuários móveis e fixos no país, no último ano.
Média Global e Picos de Velocidade de Conexão
No segundo trimestre de 2015, a média global de velocidade de conexão manteve-se superior à considerada “banda larga” pela Akamai (4 Mbps), com 5,1 Mbps, e apresentou crescimento de 3,5% em relação aos três meses anteriores. Mesmo apresentando uma queda de 2,1% em relação ao último trimestre, a Coréia do Sul manteve-se em primeiro lugar no ranking, com 23,1 Mbps – seis vezes mais que o Brasil. No comparativo ano a ano, 110 dos países qualificados para o ranking apresentaram aumento de velocidade média de conexão, variando de 0,4% no Senegal a 67% na Tunísia.
No que diz respeito aos picos de conexão, também houve no período um crescimento de 12% na média global, que foi de 32,5 Mbps. Dos 143 países qualificados para o ranking, 107 apresentaram crescimento, sendo que Cingapura manteve-se em primeiro lugar, com pico de 108,3 Mbps e aumento de 12% – quatro vezes mais que o Brasil.
O estudo também segmenta a análise por regiões – Américas, Ásia-Pacífico e EMEA (Europa, Oriente Médio e África). Com base nisso, identificou que na América Latina a velocidade média de conexão variou de 5,9 Mbps, no Uruguai, a 1,5 Mbps, no Paraguai. No ranking global, os países estão na 59ª e 137ª colocação, respectivamente. Na América Latina, os picos do trimestre variaram de 47,7 Mbps no Uruguai a 13,9 Mbps na Venezuela, regiões que ficaram nas posições 33ª e 131ª neste ranking, respectivamente.
Ainda, o relatório verificou que nas Américas nove países têm mais de 25 mil endereços de IP conectados à Akamai com velocidade superior a 10 Mbps (alta banda larga). Dentre eles estão: EUA (com taxa de adoção de 43%), Canadá (40%), Uruguai (11%), Argentina (7,7%), Chile (7,4%), México (6,2%), Peru (3,2%), Colômbia (2,7%) e Brasil (2,4%). Em relação às conexões de banda larga (entre 4 Mbps e 10 Mbps), destacam-se Canadá e EUA, com 86% e 77%, respectivamente. Dentre os outros países que se encaixam no perfil analisado, a adoção varia de 62%, no Chile, a 3,2% na Venezuela. O Brasil apresenta adoção de 32%, crescimento de 5,5% em relação ao último trimestre e crescimento de 26% se comparado ao mesmo período do ano anterior.
Em relação às conexões acima de 15 Mbps, EUA e Canadá também se destacam, com 21% e 17% de taxa de adoção, respectivamente. Dentre os outros países que se encaixam no perfil analisado, a adoção varia de 2,8%, no Uruguai, a 0,6% na Colômbia. O Brasil apresenta adoção de 0,6%, crescimento de 26% em relação ao último trimestre e crescimento de 14% no comparativo ano a ano.
Penetração Global de Internet
O estudo registrou pequena queda na contagem global de endereços de IPs únicos, com diminuição de 1,1% quando comparado ao último trimestre e de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Dos Top 10 países/regiões considerados no levantamento, seis apresentaram queda em relação ao trimestre anterior: Estados Unidos (2,1%), China (1,5%), Brasil (4,6%), França (2,6%), Rússia (3%) e índia (1,8%). Já Japão (2,6%), Alemanha (0,6%), Reino Unido (1,4%) e Coréia do Sul (3,2%) apresentaram crescimento.
O Brasil mantém a terceira posição em volume de IPs conectados à Akamai, com 45.956.304 endereços no período. Ainda, apresentou queda de 4,6% no trimestre, como citado, e manteve-se com o mesmo índice se comparado ao último período um ano.
Quanto à adoção do IPv6, a Bélgica manteve sua liderança, com 38% de suas conexões à Akamai feitas por meio do protocolo. Os dois únicos países não europeus entre os Top 10 de adoção foram os EUA e Peru, sendo 19% e 17%, respectivamente. (Com assessoria de imprensa)
Fonte: www.fndc.org.br