A média diária foi de 602 mil registros por dia entre domingo e terça-feira. Total de alertas desde dezembro chega a 22 mil.

O número de solicitações de bloqueio de aparelhos por meio do Programa Celular Seguro chegou a 22,8 mil nesta quarta-feira, 14, de acordo com dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) solicitados pelo Tele.Síntese. O número representa o dobro do registrado até 11 de janeiro, data do primeiro balanço, que apontou 10 mil alertas ao total.

Quase 3 mil alertas foram emitidos durante o feriadão de Carnaval (2.712 de 9 a 13 de fevereiro), período em que a ferramenta alcançou a maior movimentação diária desde o início do programa – principalmente entre domingo, 11, e terça-feira, 13, que tiveram média de 602 registros por dia, enquanto que esse número não passou de 477 na semana anterior.

A plataforma Celular Seguro foi lançada em 19 de dezembro, em uma parceria entre o MJSP, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e as operadoras de telefonia, com o objetivo de agilizar e facilitar a proteção de dados das vítimas dos crimes de subtração (saiba mais abaixo).

Do total de alertas, a maioria dos bloqueios ocorreram após roubo (quando a vítima é abordada), com 9.682 casos. A segunda motivação mais comum é o furto, somando 7.893. As ocorrências de perda aparecem em terceiro,  são 4.345.

O número de usuários cadastrados chega a 1,5 milhão, uma alta de 32% em comparação ao balanço anterior. O aplicativo também permite a indicação de pessoas de confiança, que estarão autorizadas a efetuar os bloqueios em nome do titular – estas somam 1,1 milhão, crescimento de 33,5%.

Veja a evolução dos números no intervalo de 24 dias, que inclui o feriado de Carnaval:

Programa Celular Seguro

 
CPFs cadastrados 1.168.070 1.543.789 375.719 32,2%
Telefones cadastrados 897.254 1.204.361 307.107 34,2%
Pessoas de confiança 829.968 1.107.657 277.689 33,5%
Alertas de bloqueio 10.369 22.802 12.433 119,9%

Por região

Apesar do aumento dos registros e usuários, o Plataforma Celular Seguro ainda está longe de cobrir os casos de furto e roubo do país, considerando seu breve período de vigência, de apenas dois meses. Com base no mais recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado no ano passado e referente a 2022, três dos estados com maiores índices de subtração de celulares no país não estão no top 10 de bloqueios efetuados. Veja abaixo:

Roubos, furtos e bloqueios de celulares no Brasil

Comparativo entre o ranking regional de alerta de bloqueios pelo programa Celular Seguro (de 19 de dezembro de 2023 a 14 de fevereiro de 2024), com o ranking de estados com maiores índices de furto e roubo de celulares (Anuário Brasileiro de Segurança Pública referente a 2022, com top 10 em destaque ).

 
1 1 São Paulo 6.006 28.877
5 2 Rio de Janeiro 3.083 3.334
2 3 Bahia 1.966 6.953
4 4 Minas Gerais 1.750 3.736
6 5 Pernambuco 1.706 3.425
8 6 Ceará 1.096 3.851
9 7 Amazonas 789 1.888
11 8 Distrito Federal 687 1.701
13 9 Maranhão 667 4.469
3 10 Pará 651 4.889
17 11 Rio Grande do Sul 624 856
14 12 Santa Catarina 611 3.461
7 13 Paraná 584 2.140
10 14 Goiás 453 1.748
24 15 Paraíba 396 434
12 16 Espírito Santo 389 2.367
15 17 Rio Grande do Norte 373 2.413
16 18 Piauí 274 869
19 19 Alagoas 235 384
20 20 Sergipe 156 465
 
18 21 Mato Grosso 143 1.822
25 22 Mato Grosso do Sul 140 277
21 23 Rondônia 109 903
22 24 Tocantins 94 1.452
23 26 Acre 45 397
26 27 Roraima 29 380
25 Amapá 69 *

Como funciona o Celular Seguro?

A ferramenta funciona a partir do casamento entre o aplicativo do programa (Android | iOS) instalado no dispositivo que se deseja proteger e uma página na internet (celularseguro.mj.gov.br) que pode ser acessada de qualquer computador ou outro celular.

Após baixar o app no celular, o usuário faz login (o mesmo do gov.br) e preenche os dados do aparelho que deseja proteger. Também pode apontar uma pessoa de confiança para acionar o sistema caso o celular tenha sido roubado e não seja possível buscar outro dispositivo para entrar no site.

Com o app instalado e rodando, o celular fica habilitado a ser alvo de alerta de roubo ou furto. Caso o usuário seja roubado, aciona o alerta pelo site ou através da pessoa de confiança. Segundo Ricardo Capelli, secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o app funciona como “um botão de emergência que torna o celular em um pedaço de metal inútil para os bandidos”.

Emitido o alerta, IMEI do aparelho é bloqueado na Anatel, que informa a ABR Telecom, entidade que faz a gestão de sistemas e dados compartilhados entre as operadoras de telecomunicações. A ABR terá até 6h para enviar a notificação do IMEI a ser bloqueado, e as operadoras terão 24h a partir do recebimento para efetivar o bloqueio, que impedirá o aparelho de funcionar. A medida vai acontecer até 9 de fevereiro, como fase de testes.

 

 

Fonte: https://www.telesintese.com.br/celular-seguro-alertas-de-bloqueio-dobram-e-passam-de-22-mil/
Foto: Freepik

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